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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Pirituba e suas histórias...

Agora começo me sentir mais em casa...
Vamos falar de Pirituba, bairro que vi crescer, ou melhor que cresceu junto comingo...

A hipótese mais viável que parece ter nor­teado os homens do nosso passado na colocação com nome deste hoje populoso Bairro, foi o da existência de muita taboa (vegetação de brejo) existente em grande quantidade nas baixadas próximas a estação. Combinando o nome desta vegetação (PIRI) com o aumentativo indígena (TUBA) que significa "muito" deu origem a PIRITUBA.
Originariamente Pirituba dava lugar a grandes fazendas de pessoas de grande influên­cia política na época. Grande parte das Vilas que compõe o povoado de Pirituba está situado onde localizava-se a Fazenda Barreto, de pro­priedade do Dr. Luiz Pereira Barreto, médico e político de grande reputação na época. A fa­zenda Barreto extendia-se desde a estação até onde hoje estão situadas as Vilas Zatt, Maria Trindade e estrada do Rio Verde, limitando-se com a estrada de Ferro e com os terrenos da Companhia Armour, possuindo uma área de 80 alqueires. Outra fazenda existente no passado piritubano era a de propriedade do Brigadeiro Tobias Barreto, localizada onde hoje estão os terrenos da Cia. Armour do Brasil e em parte loteada para a construção de novas vilas (Chá­cara Inglesa, Vila Comercial, Jardim Felicida­de, etc.) Finalmente a fazenda que nos parece mais antiga e que deu origem a inúmeros sítios e chácaras e posteriormente a novas vilas foi a fazenda Jaraguá conservada ainda hoje, e gran­de parte sendo pertencente ao Governo do Esta­do. Na parte desmembrada, após a divisão em pequenos sítios deu lugar às hoje, Vila Clarice, Jardim Regina, Vila Boaçava, etc.

Essas fazendas no início do século XX eram ligadas pelo caminho do Piqueri que ligava a Freguesia do Ó à estação de Pirituba, cami­nho que ligava ainda à estação de Pirituba a Vila Pirituba e a Osasco e o caminho que ligava a Estação de Pirituba com a estação de Taipas (Estrada de Capuava). Esses caminhos serviam para o trânsito de carros de boi, carroças e tropas de burros e bois, que demandavam quer a estação de Pirituba, carregados de cereais e madeiras, quer o Frigorífico Armour para a entrega dos bois para o abate. Assim o início de Pirituba foi a existência de grandes fazendas de café quando do início do surto cafeeiro do Estado de São Paulo na segunda metade do século XIX. Tudo nos leva a crer que foi devido aos grandes carregamentos de café que possi­bilitavam essas fazendas e a notória influência dos seus proprietários na vida pública de São Paulo de então que levou a S.P.R. a construir a estação de Pirituba, segundo tudo indica na década que antecedeu ao fim do século XIX.
Com a construção houve o interesse de famílias portuguesas e italianas em aqui virem, constituindo-se nas primeiras famílias de nosso bairro. São exemplos disso a família Andrade, a Magalhães, a Teixeira, a Petraco, a Pradela, a Batista Rodrigues, a Campestrini, etc que foram os primeiros elos da formação do atual povoado piritubano e que se encontram por seus descendentes bastante ramificados na sociedade piritubana. As fazendas acima citadas segundo informa­ções que pudemos obter eram todas (Barreto e Brig. Tobias Barreto) de plantação de café. Com o deslocamento do café para Zona da Pau­lista e devido ao cansaço das terras, essas fa­zendas se transformaram em pastos abandona­dos e posteriormente foram repartidas por seus proprietários em pequenos sítios dos quais desta­cam-se o sítio dos Teixeiras e o sítio dos Cam­pestrini, na atual Chácara do Sanatório Pinel, o sítio dos Guedes, que posteriormente deu lugar a atual Vila Boaçava, isto ao lado oeste do Bairro; a leste do Bairro tivemos a chácara da Família Agú, adquirida à Fazenda Barreto, a Chácara da Família Petraco, etc.
Como vemos, as terras de Pirituba obedeceram todas as fases do desenvolvimento, após o primeiro contacto com elemento humano.
Pirituba 1933.
 
 
Certamente no tempo das bandeiras paulis­tas por aqui existiam várias tribos indígenas. Com o desenvolvimento da cidade de São Paulo essas terras foram adquiridas por grandes polí­ticos da época que aqui constituíram as suas fazendas de café, com o deslocamento do café para o interior tivemos o. abandono das fazen­das e a sua venda a pequenos sitiantes e a Cia. Armour. Posteriormente a constituição de vilas e finalmente em densos povoados ligando a Freguesia do Ó, através do Piqueri e futuramente a Lapa, ao longo da Estrada Velha de Campinas.
Tudo isso se fez e se faz obedecendo a for­ça inexorável do progresso, motivado pelo dina­mismo humano.
Mas hoje Pirituba cresceu... e como cresceu, me lembro da minha ifância que no inicio da década de 80, no bairro ainda haviam ruas de terras, pouquíssimos comércios e muitos lotes cobertos por m imenso matagal.
Mas hoje Pirituba é um centro de referencia para muitos outros bairros em desenvolvimento...
Os avanços desse bairro estão crescendo e ganhando força a cada dia que passa... Hoje comprar uma casa em Pirituba se tornou algo de luxo.
Pirituba hoje é cotado para receber um centro de conveções, e em outubro de 2013 ganhará um belo shopping center de grande porte!
Vista para o Pico do Jaraguá

 
Foto panorâmica do Bairro
 


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