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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Minha querida São Paulo!

São Paulo surgiu como missão jesuítica, em 25 de janeiro de 1554, reunindo em seus primeiros territórios habitantes de origem tanto européia quanto indígena. Com o tempo, o povoado acabou caracterizando-se como entreposto comercial e de serviços de relativa importância regional. Esta característica de cidade comercial e de composição heterogênea vai acompanhar a cidade em toda a sua história, e atingirá o seu ápice após o espetacular crescimento demográfico e econômico advindo do ciclo do café e da industrialização, que elevariam São Paulo ao posto de maior cidade do país.

Por se tratar o sonho muitos trabalhar na grande metrópole, meus pais vieram de seus estados para morar e "tentar a vida" em São Paulo, como eles dizem...
Largaram suas famílias e ainda muito jovens vieram para São Paulo na grande ilusão que até hoje muitos tem, de fazerem suas vidas.
Mamãe venho de Minas Gerais e Papai do Rio Grande do Sul... ambos se encontram aqui nessa cidade espetacular!

Gosto muito de São Paulo, sua história traz pontos importantes que fazem parte da colonização do Brasil...
Bom a idéia aqui não e contar muito sobre a hitóriada fundação de São Paulo, embora seja muito, mas falar o que essa cidade significa e as influências que ela traz pra minha vida...
Mas se quiserem saber mais um pouco acessem o link: http://www.sampa.art.br/historia/saopaulo/ e saberam de muitas histórias...
Avenida Paulista 1902
 

Pirituba e suas histórias...

Agora começo me sentir mais em casa...
Vamos falar de Pirituba, bairro que vi crescer, ou melhor que cresceu junto comingo...

A hipótese mais viável que parece ter nor­teado os homens do nosso passado na colocação com nome deste hoje populoso Bairro, foi o da existência de muita taboa (vegetação de brejo) existente em grande quantidade nas baixadas próximas a estação. Combinando o nome desta vegetação (PIRI) com o aumentativo indígena (TUBA) que significa "muito" deu origem a PIRITUBA.
Originariamente Pirituba dava lugar a grandes fazendas de pessoas de grande influên­cia política na época. Grande parte das Vilas que compõe o povoado de Pirituba está situado onde localizava-se a Fazenda Barreto, de pro­priedade do Dr. Luiz Pereira Barreto, médico e político de grande reputação na época. A fa­zenda Barreto extendia-se desde a estação até onde hoje estão situadas as Vilas Zatt, Maria Trindade e estrada do Rio Verde, limitando-se com a estrada de Ferro e com os terrenos da Companhia Armour, possuindo uma área de 80 alqueires. Outra fazenda existente no passado piritubano era a de propriedade do Brigadeiro Tobias Barreto, localizada onde hoje estão os terrenos da Cia. Armour do Brasil e em parte loteada para a construção de novas vilas (Chá­cara Inglesa, Vila Comercial, Jardim Felicida­de, etc.) Finalmente a fazenda que nos parece mais antiga e que deu origem a inúmeros sítios e chácaras e posteriormente a novas vilas foi a fazenda Jaraguá conservada ainda hoje, e gran­de parte sendo pertencente ao Governo do Esta­do. Na parte desmembrada, após a divisão em pequenos sítios deu lugar às hoje, Vila Clarice, Jardim Regina, Vila Boaçava, etc.

Essas fazendas no início do século XX eram ligadas pelo caminho do Piqueri que ligava a Freguesia do Ó à estação de Pirituba, cami­nho que ligava ainda à estação de Pirituba a Vila Pirituba e a Osasco e o caminho que ligava a Estação de Pirituba com a estação de Taipas (Estrada de Capuava). Esses caminhos serviam para o trânsito de carros de boi, carroças e tropas de burros e bois, que demandavam quer a estação de Pirituba, carregados de cereais e madeiras, quer o Frigorífico Armour para a entrega dos bois para o abate. Assim o início de Pirituba foi a existência de grandes fazendas de café quando do início do surto cafeeiro do Estado de São Paulo na segunda metade do século XIX. Tudo nos leva a crer que foi devido aos grandes carregamentos de café que possi­bilitavam essas fazendas e a notória influência dos seus proprietários na vida pública de São Paulo de então que levou a S.P.R. a construir a estação de Pirituba, segundo tudo indica na década que antecedeu ao fim do século XIX.
Com a construção houve o interesse de famílias portuguesas e italianas em aqui virem, constituindo-se nas primeiras famílias de nosso bairro. São exemplos disso a família Andrade, a Magalhães, a Teixeira, a Petraco, a Pradela, a Batista Rodrigues, a Campestrini, etc que foram os primeiros elos da formação do atual povoado piritubano e que se encontram por seus descendentes bastante ramificados na sociedade piritubana. As fazendas acima citadas segundo informa­ções que pudemos obter eram todas (Barreto e Brig. Tobias Barreto) de plantação de café. Com o deslocamento do café para Zona da Pau­lista e devido ao cansaço das terras, essas fa­zendas se transformaram em pastos abandona­dos e posteriormente foram repartidas por seus proprietários em pequenos sítios dos quais desta­cam-se o sítio dos Teixeiras e o sítio dos Cam­pestrini, na atual Chácara do Sanatório Pinel, o sítio dos Guedes, que posteriormente deu lugar a atual Vila Boaçava, isto ao lado oeste do Bairro; a leste do Bairro tivemos a chácara da Família Agú, adquirida à Fazenda Barreto, a Chácara da Família Petraco, etc.
Como vemos, as terras de Pirituba obedeceram todas as fases do desenvolvimento, após o primeiro contacto com elemento humano.
Pirituba 1933.
 
 
Certamente no tempo das bandeiras paulis­tas por aqui existiam várias tribos indígenas. Com o desenvolvimento da cidade de São Paulo essas terras foram adquiridas por grandes polí­ticos da época que aqui constituíram as suas fazendas de café, com o deslocamento do café para o interior tivemos o. abandono das fazen­das e a sua venda a pequenos sitiantes e a Cia. Armour. Posteriormente a constituição de vilas e finalmente em densos povoados ligando a Freguesia do Ó, através do Piqueri e futuramente a Lapa, ao longo da Estrada Velha de Campinas.
Tudo isso se fez e se faz obedecendo a for­ça inexorável do progresso, motivado pelo dina­mismo humano.
Mas hoje Pirituba cresceu... e como cresceu, me lembro da minha ifância que no inicio da década de 80, no bairro ainda haviam ruas de terras, pouquíssimos comércios e muitos lotes cobertos por m imenso matagal.
Mas hoje Pirituba é um centro de referencia para muitos outros bairros em desenvolvimento...
Os avanços desse bairro estão crescendo e ganhando força a cada dia que passa... Hoje comprar uma casa em Pirituba se tornou algo de luxo.
Pirituba hoje é cotado para receber um centro de conveções, e em outubro de 2013 ganhará um belo shopping center de grande porte!
Vista para o Pico do Jaraguá

 
Foto panorâmica do Bairro
 


Bela Vista e Bixiga... inumeras histórias.

Agora que já contei pra vocês sobre a história da Pérola Byington, que tal saber um pouco mais sobre a história do Bairro Bela Vista?

Em 23 de junho de 1878, o jornal Província de São Paulo anunciava na primeira página: “Vendo por propostas todas as matas dos terrenos do Bexiga pertencentes a A.J.L. Braga e Companhia”. Assim nascia um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, o Bixiga.
O nome foi adotado pelos moradores que desde 1794 habitavam os campos da antiga chácara Samambaia, outrora sesmaria do Capão. Há duas maneiras de explicar o apelido do hoje conhecido bairro da Bela Vista.
Para uns o nome vem do matadouro que há mais de duzentos anos funcionou na rua Santo Amaro, perto da capela da Santa Cruz, onde se vendiam bexigas dos bois abatidos. Para outros se deve a Antônio Manuel, dono de estalagem na região, que trazia no rosto as marcas de bolhas da varíola, daí ser conhecido como Manuel Bexiga.
Nessa época, ocorre a chegada dos italianos que desistiram do trabalho de colher café nas fazendas no interior do estado e se interessaram pelos terrenos da região, aproveitando os preços baixos.

A partir de 1890, o bairro experimentou nova onda de crescimento com a chegada de mais imigrantes: portugueses, espanhóis e muitos outros italianos. Chegaram os italianos da Ligúria, da Lombardia, da Calábria e da Toscana. Trouxeram seus temperos, seus dialetos, seus sotaques, seus tiques e construíram suas casas em ruas estreitas e com aclives que lembravam as pequenas aldeias da Itália.
Além dos italianos, chegaram os negros que ocuparam ruas e vilas do Bixiga. Os portugueses chegaram a criar um clube chamado Lusitana, uma herança das 20 famílias, que no início da história do bairro, formaram uma vila, onde se localiza atualmente a rua Rui Barbosa, conhecida à época como Vila dos Portugueses.
Os primeiros registros referentes ao Bixiga são de 1559, e dão conta de uma grande fazenda chamada Sítio do Capão, cujo dono era o português Antônio Pinto (capão é uma porção de mato isolado no meio do campo). Décadas mais tarde o local passou a se chamar Chácara das Jabuticabeiras, devido ao grande número de frutas existente nas imediações. Já na segunda década do século 18, o local pertencia a Antônio Bexiga.
Imagem do bairro do Bixiga em 1862. 


No inicio dos anos 1960, ouve uma cisão, por motivos raciais e foi formado o Aristocrata Clube, pela comunidade negra. Seus componentes de direção. Eram pessoas de alto nível de cultura como Juizes, advogados, professores,sem contar o elevado nível de educação mostrado no trato ao ser humano.
Bairro do Bixiga,com suas casas típicas.


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Pérola Byington, uma mulher a frente de seu tempo...

Nasci em 1982 no Hospital Perola Byington, hoje centro de referência da Mulher.
Mas porque Perola Byington? Quem foi essa mulher, porque o hopital tem esse nome? Nas minhas pesquisas descobri um pouquinho sobre essa história...

História Pérola Byington

     Nascida em 1879, na cidade de Santa Bárbara do Oeste, Pérola Byington foi uma mulher a frente de seu tempo. Pérola sempre teve um projeto bem delineado de assistência social e uma longa experiência neste setor, adquirida em trabalhos realizados junto à Cruz Vermelha dos EUA e do Brasil.
Nos anos 20, quando o estado de São Paulo passava por grandes mudanças culturais e comerciais, as diferenças sociais começaram a se acentuar, e as taxas de mortalidade, principalmente infantil, eram altíssimas.

Foi neste contexto, que em 1930 surgiu a Cruzada Pró-Infância, fundada por Pérola em parceria com a educadora sanitária Maria Antonieta de Castro. A Cruzada nasceu com o objetivo de coordenar e ampliar os esforços feitos em prol das crianças e das gestantes, mas com o tempo essa idéia cresceu e o programa da Cruzada incluía uma grande variedade de atividades. Sempre junto de Maria Antonieta, Pérola Byington criou dispensários com serviços de clínica geral, higiene infantil e pré-natal; organizou parques e creches; criou bibliotecas infantis e patrocinou a criação de um lactário. Procurou influenciar autoridades para a execução de programas voltados ao cumprimento dos direitos da mulher e, no Brasil, foi uma das primeiras a defender a divulgação das causas de mortalidade no parto e pós-parto, com o objetivo de melhorar o pré-natal.

Em 1959 ela inaugurou o Hospital Infantil e Maternidade da Cruzada Pró-infância, onde além dos atendimentos à população, eram oferecidos cursos de formação para estagiários acadêmicos. Para manter o funcionamento da Cruzada, Pérola mobilizou todos que pudessem ajudar: utilizando os meios de comunicação, divulgou os projetos e convocou a população a participar dos eventos de arrecadação de fundos, e para manter a qualidade do hospital, conseguiu que profissionais renomados fizessem os atendimentos, muitas vezes voluntariamente, laboratórios que realizavam os exames gratuitamente e farmácias que cediam os medicamentos necessários.

Pérola Byington foi diretora-geral da Cruzada desde a fundação até a sua morte, em 1963, e seu nome sempre estará associado à história da assistência à infância e maternidade no Brasil. A Cruzada continua suas atividades até hoje, administrando 10 creches e 1 abrigo, beneficiando quase 2.000 crianças. E o antigo Hospital da Cruzada, que depois da morte de sua fundadora, recebeu o nome de Hospital Pérola Byington em sua homenagem, é hoje o nosso Centro de Referência da Saúde da Mulher, que é administrado pela Secretária de Estado da Saúde.

Para nós, além de toda a sua obra em prol da mulher e da criança, fica o exemplo desta mulher determinada, que quando perguntada sobre como conseguia fazer tudo o que fazia, respondia: “... isso não é trabalho, isso é vida...”.
  
Imagem do Hospital

 Pérola Ellis Byington
 
 
 

Início...

A idéia desse blog surgiu de um trabalho que visa descobrir um pouco mais de mim mesma, das minhas origens, de onde vim, as influências dos lugares em que nasci, cresci e ainda vivo!
Brasil, São Paulo,Bela Vista, Pirituba... qual a história desses territórios? O que foram no passado, o que são hoje? Quais seus patronos, seus guerreiros, seus lutadores, seus protagonistas...
Convido a todos para embarcarem nesse trem, que está dando seu apito de partida, numa viagem sem destino certo...

Memória
...Através delas daremos livros, livros a-mãos-cheias, a todo o povo. O livro,
bem sabemos, é o tijolo com que se constrói o espírito. Fazê-lo acessível é
multiplicar tanto os herdeiros quanto os enriquecedores do patrimônio literário,
científico e humanístico, que é, talvez, o bem maior da cultura humana.
( DARCY RIBEIRO )